Frases para pensar


No dia em que eu temer, hei de confiar em ti. Salmos 56:3

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Percy Jackson e a Igreja - Quem levou o raio?






Percy Jackson e o ladrão de raios.
Este filme contém alguns aspectos interessantes para analisarmos aquilo que representa a igreja e seu papel de representar Deus no mundo.

O filme contextualiza os deuses do Olimpo grego para nossos dias, trazendo suas histórias para o contexto da vida pós-moderna.

Poseidon, o deus dos mares chega à cidade e se transforma num nova-iorquino típico. Um cara bacana, olhar triste e cansado (ser deus não é fácil) e que claramente está em uma jornada. A jornada para fazer parte da vida de um filho que não conhece.

No topo do Empire State ele se encontra com um Zeus nervosinho e com cara mais cansada ainda, aborrecido porque alguém roubou o seu cetro de raios poderosos. Ele acusa o filho de Poseidon de ser o ladrão e dá um ultimato: ou o filho devolve os raios, ou haverá guerra e o mundo será destruído.

Os deuses continuam caprichosos. Raiva, ausência de compaixão, competição e ciúmes. Os semideuses (filhos ilegítimos de deuses com humanos) seguem o mesmo padrão. São fúteis e vivem independentes de tudo.

Os filhos, os semideuses, nas histórias originais são os filhos rebeldes que querem destruir o Olimpo num ato de profanação. Os semideuses de Percy Jackson só querem ser aceitos por pais distantes. Este filme retrata de forma direta e clara o que estamos experimentando nos dias de hoje.

Vivemos um tempo em que a igreja não é mais vista como uma família de companheiros de jornada. Os líderes estão se tornando olimpianos (algumas vezes distantes outras vezes tediosos). E os liderados se tornando totalmente distantes e independentes.

E por quê? Algumas lideranças andam nervosas como o Zeus do filme porque alguns semideuses estão tentando roubar-lhes o cetro de poder. Seja porque se discorda de algum ensino ou direção; seja pelo questionamento dos rumos da teologia atual; seja porque simplesmente a decepção nos afasta de um contexto de hiper-estrutura.

Estas coisas parecem enfurecer nossos olimpianos deuses: bispos, apóstolos e presidentes de denominações. Por outro lado os semideuses (os crentes, os filhos), parecem também apenas querer fazer pirraça. O filho de Hermes que roubou o raio no filme gastava seu tempo jogando vídeo game.

Resultado? Uma luta pelo motivo errado. Não estamos lutando pela alma dos perdidos. Estamos lutando por nossas almas que se perderam do que Jesus desejou de verdade para a igreja.

Percy Jackson nos deixa uma lição: pais e filhos precisam realinhar seus corações. Ou seja, líderes e liderados; olimpianos e semideuses; quem manda e quem não quer ser só mandado, mas ser ouvido. É necessário reconduzir-se ao caminho e refazer a jornada com o coração correto: olimpianos descendo do pedestal; semideuses entendendo que não é somente para ser aceito que estamos na igreja.

Afinal o cetro de poder pertence a alguém muito maior que nós. Devolvamos a Ele e sejamos a igreja dele, para ele e por ele.

Graça e paz, sempre.


5 comentários:

Wendel Bernardes disse...

Como sempre uma ótima analogia. Paz!

www.wendelbernardes.blogspot.com

Gaia disse...

Caraca Homem de Deus! Tu tá que tá hein?? Fabulosa sua comparação, pra variar.
abs

Gaia disse...

Comparação Fabulosa. Caraca !! VC tá que tá hein Homem de Deus?
Abs

Anônimo disse...

Então, nós evangélicos, podemos ler percy jackson?

Marcus Vinicius disse...

Olá Andreza, eu não li o livro, tive acesso ao filme. Mas não vejo problemas, especialmente se voce faz uma leitura analítica, observando a cultura e refletindo o poder do Evangelho sobre a leitura.

Graça e paz, e obrigado pela visita.

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