Frases para pensar


No dia em que eu temer, hei de confiar em ti. Salmos 56:3

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Rumos da Igreja (2) - Que igreja você procura?

Esta é uma pergunta que tem me intrigado nestes dias: que tipo de igreja você procura? Isto porque soa estranho você "procurar" uma igreja sendo que você e eu somos a igreja.

Evidente que normalmente tal pergunta se refere ao tipo de congregação ou local que desejamos frequentar. E que motivos temos para frequentar um local específico que chamamos de "minha igreja"? Coloquei uma enquete no blog com algumas respostas comuns. Poucas delas realmente bíblicas.



Para nossa tristeza percebemos que estamos procurando uma igreja para satisfazer algumas de nossas necessidades (ou talvez todas). Terminei de ler o livro "Confissões de um pastor em Reformissão" do Mark Driscoll. Simplesmente sensacional, como relato pessoal e como foto instantânea de sua jornada na construção do ministério em Mars Hill.

Mas uma frase me chamou atenção: resolvi abrir uma igreja do meu jeito, porque nenhuma que eu conhecia me agradava. Não estou dizendo que Mark não tenha certamente um chamado muito claro em Seattle. Claro que tem e está sendo bem sucedido.
E certamente a frase não pode ser extraída de seu contexto maior: a visão para uma cidade incrédula, sexista e fútil. Mas o ponto é nossa intensa busca, especialmente nos meios neopentecostais, por uma igreja que nos sirva. Ao invés de buscar gente da igreja e do mundo a quem possamos servir.

Convido você a refletir sobre isto, deixar sua opinião e seguir os outros artigos que estarei postando sobre o assunto. Deixe sua contribuição.
Graça e paz, sempre.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O ídolo morreu, a inocência se perdeu

Amanhã completa-se um ano da morte do ídolo pop, Michael Jackson, fruto de uma parada cardíaca. Quando os paramédicos chegaram descobriram que o artista estava em coma profundo. Muitos rumores envolveram a morte do astro: para se descobrir sua dependência de medicamentos que diminuem a dor.

O médico que cuidava de Michael acabou sendo punido. Seu funeral só foi possível em sete de julho, quando o mundo parou para acompanhar este momento.
Seu mais famoso disco foi Trhiller, uma obra pop de vanguarda para sue época de lançamento (1982). Não havia local no mundo onde não se escutasse Billie Jean. Sem dúvida, este homem nascido pobre e duramente treinado pelo pai para ser um astro pode ser considerado alguém de sucesso dentro dos padrões do mundo.

Uma das peculiaridades de Michael foi sua ligação com os Testemunhas de Jeová. Durante muito tempo ele saía escondido (disfarçado) para realizar as tarefas obrigatórias que a seita impõe a seus participantes.

Dois pontos a se destacar: primeiro, a seita TJ é altamente controladora da vida de seus participantes. Michael controlava sua carreira com braço de ferro, em cada detalhe. Sua aparência de menino eterno (um Peter Pan da música moderna) não condizia com sua atitude profissional. Exigente, duro, obcecado.
Em segundo lugar um paradoxo: o rígido controle religioso não impediu que Michael se envolvesse em mescândalos pessoais, chegando a receber acusações sérias em sua vida. E tampouco o salvou de tornar-se viviado em medicamentos.

Triste fim de quem tentou transmitir a felicidade como a conhecia a muitas pessoas. Eu mesmo gosto de muitas de suas músicas. Mas a vida pessoal dele não conseguiu ser transformada na fantasia em que sempre acreditou.

Adeus a Michael, como símbolo de um adeus à esperança de que é possível a plenitude sem Cristo.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Brasil jogou bem, teve gol de mão, e a Igreja com tudo isto?

O Brasil foi melhor ontem em campo. Jogou bem, especialmente o ataque com o Kaká, o Robinho e o Fabuloso. O meio campo foi burocrático e pragmático, bem ao estilo Dunga. E a defesa, como sempre teve que levar um gol fora de hora e sem a gente entender porquê.



O jogo emocionou e foi tenso no início. Os marfinenses foram intensos no início, mas depois se perderam e começaram a bater bastante. O Fabuloso fez um golaço: o gol desabafo. E o Brasil seguiu absoluto.
Mas depois do elano fazer um golaço com super jogada do irmão Kaká, veio o gol de mão (que em algumas imagens vemos que começou com o uso da outra mão). Fiz um post rápido na hora do jogo e volto agora para dizer o seguinte: amei a vitória brasileira. Não sou mal humorado como o Dunga (vide Twitter @medeixaDunga).

Mas não posso deixar de fazer um paralelo com o seguinte: a imprensa brasileira chamou este de o gol da copa, o mais lindo, maravilhoso, etc. Não há espaço para a análise crítica. Postei no meu Twitter ontem: placar moral 2 x 1.

O que a igreja tem a ver com isto? Arrisco dizer que culturalmente estamos tão impregnados dessa filosofia "o que importa se houve ilegalidade, chegamos lá?", que é impossível não comparar com  estado da igreja brasileira atual.

As crises claras de ausencia de ética em nossas casas de oração; pastores (e sou pastor) manipulando suas ovelhas; jogos de poder e disputa entre denominações; arrecadação de dinheiro do povo sem prestação de contas; manipulação dos carismas em benefício próprio. E o que importa? O que importa é que "o Reino está avançando".

Como no caso do segundo gol do Fabuloso, ninguém se importa. Para mim o gol da copa foi o primeiro: a explosão de fúria e dor do goleador. O desabafo de se saber capaz mas estando impossibilitado temporariamente. O segundo dele não era necessário. Plasticamente belo, éticamente pobre.

Assim tem sido muito da vida da igreja brasileira hoje: estetica bonita, vida do Reino ausente. Fico por aqui pois certamente vou ser chamado de chato. Antes que me xinguem digo: torci demais por uma goleada brasileira. E que venham os próximos, sem gol de mão.


domingo, 20 de junho de 2010

Luis Fabiano, um golaço, ilegal! Mas todo mundo acha normal.

Post rápido enquanto o jogo continua:



O relativismo moral invade o jogo do Brasil contra a Costa do Marfim: no SportTv, canal 39 da NET, os comentaristas dizem que foi golaço do Fabuloso e sorriem pela malandragem do  jogador brasileiro em fazer o gol usando os dois braços.

E ninguém vai achar errado. Exceto se fosse um gol da Costa do Marfim. Infelizmente esta face da moralidade maligna já contaminou toda nossa cultura.
Amanhã será só orgulho para o Brasil e os brasileiros.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pelo direito de viver uma crise (dois)

Você conhece a história de Marta e Maria, as duas irmãs de Betânia, da família de Lázaro. Jesus muitas vezes usou a casa desta família como lugar de repouso em suas caminhadas de pregação do Evangelho de seu reino.



Se você é de alguma igreja ou estuda a Bíblia sabe que normalmente este texto é usado para diferenciar cristãos santos de cristãos ativistas. A partir da leitura de Brennan Manning, em Confiança Cega quero propor uma alternativa.
Imagine que na verdade (o que é verdade) que o centro deste texto não são as duas irmãs. Mas que na verdade o texto fala sobre o Deus-homem: Jesus Cristo. O contexto imediato nos fala de sua jornada à Jerusalém, local onde sempre encontrava oposição de religiosos e daqueles que o desprezam. Os mesmos que algum tempo depois o levaram ao julgamento de morte.

Imagine que Jesus (o homem), está simplesmente cansado, sozinho, e debaixo do peso de uma crise que se avizinha. Então ele procura um lugar onde pode descansar da crise na companhia de pessoas onde pode ser simplesmente ele mesmo (um ser humano pleno).
Quero convidar você a enxergar no texto muito mais do que o texto diz. Em outras palavras Jesus ao dirigir-se a Marta está lhe dizendo: aquiete-se e m e ouça neste momento, porque eu estou precisando ser ouvido. Ele não está repreendendo a fútil Marta. Nem mesmo elogiando a espiritual Maria.

- Simplesmente Jesus está convidando-a a entrar em sua vida naquele momento doloroso e a partilhar com ele. 

Jesus está nos dizendo hoje, aqui e agora, que é capaz de compreender cada crise que venhamos a experimentar. Ele suportou muitas coisas em nosso favor (Hebreus 2.17-18). E nesta início de madrugada quero lembrar a você: mesmo que você seja um vaso rachado, Ele não está interessado em consertar você, mas em conviver com você na sua Betânia. Convide-o.  Ele irá se deleitar.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Torre segura

Estou relendo os Salmos por estes dias. Alguns tem me feito relembrar conceitos e em outros faço descobertas novas. Esta é a riqueza deste maravilhosos livro: é inesgotável em nos surpreender.

Semana passada ao ler o Salmo 9, uma frase me capturou: "O Senhor é refúgio para os orpimidos, uma torre segura na hora da adversidade" (v.9). O salmo é escrito em louvor a Deus pela libertação de inimigos hostis. Mas esta nota se repete entre as expressões de louvor pela libertação:

- Deus se importa com os oprimidos e coloca em segurança quem está em adversidade.

Por todo o salmo esta verdade é realçada (v. 9, 12, 13, 18). Por todo o salmo aquele que está em perigo é conduzido à uma certeza: Ele é a torre segura. Não temos uma visão clara desta realidade porque não temos castelos e torres em nossa cultura. Mas sabemos construir a imagem:

- A torre é um lugar protegido e alto. Um lugar fechado e inviolável. Um local de segurança e descanso da batalha.



Eu não sei que batalhas você está enfrentando. Não sei que tipo de opressões cercam sua vida - talvez físicas, espirituais, ministeriais ou financeiras. Mas sei que por qualquer uma delas você pode se sentir oprimido e enfraquecido. Nestas horas construa a imagem da torre segura em sua mente.

Exercite sua fé e acima de tudo sua confiança: a fé que é baseada muito mais no amor, do que em resultados. E ao desenvolver sua confiança em amor, permita que Aba Pai o conduza àquela sensação de segurança mesmo em meio à adversidade. Não confie porque as coisas estão "acontecendo". Confie simplesmente porque Ele é a torre segura, o refúgio para quem está fraco.

E lembre-se de uma coisa: você não precisa comprar ou pagar por um lugar dentro desta torre. Você precisa simplesmente aprender a descansar através da confiança de que Deus é totalmente íntegro em relação à sua Palavra.

O que dói mais... O que é mais difícil?? O que é mais aconselhável?? Permanecer em uma situação triste, infeliz e frustrante. Ou romper de forma radical.. e tentar o novo desconhecido??

Penso que algumas situações devem ser tratadas com muita oração: por exemplo um relacionamento. Mas se a esfera da insatisfação está em outras áreas como: emprego, profissão, ministério, igreja, etc.; eu diria que meça as consequencias do rompimento e siga em frente, sem nunca deixar atrás de você portas fechadas pelo ódio ou inimizade. com certeza hoje vejo o caminho de ficar na frustração como pior.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Espiritualidade nos quadrinhos

Espiritualidade nos quadrinhos

Acabei de ler um artigo muito interessante: Religião dos Super Heróis dos quadrinhos, no blog http://www.desventura.org/2009/07/religiao-dos-super-herois.html
Quando eu era garoto gostava de ler quadrinhos e sempre tive algumas predileções: Demolidor, o Homem sem medo; Capitão América sem super poderes, mas quase invencível; Batman, o homem que usa a escuridão como arma; e a turma dos X-Men, os desajustados mais incríveis do pedaço.


Agora já na vida adulta me deparo com este post muito interessante, que me leva a fazer uma reflexão: existe espiritualidade verdadeira no universo dos quadrinhos? Que tipo de influência no leitor esta espiritualidade pode produzir? Pensei em minhas leituras então e convido você a refletir também.

Demolidor – tido como católico praticante e alguém intensamente envolto em um drama pessoal de consciência, de culpa e um pouco de ódio a si mesmo. De origem humilde (a Cozinha do Inferno em NY), recebe o “dom” de sentir tudo à sua volta e interagir através de uma audição tipo sonar. Isto depois de ter ficado cego num acidente com produtos radiológicos.

Quantas vezes li Demolidor e me identifiquei com os processos de culpa dele? Fui criado como um batista bem tradicional. Gostar de certas coisas era perigoso na minha época (por exemplo, poesia, ou a emergente música nordestina de Zé Ramalho ou Fagner). Lembro de uma líder que praticamente me proibiu de ler Agatha Christie, contando esta minha “fraqueza” em público.

Batman – a escuridão. Quantas vezes eu e você, caro leitor, não usamos a escuridão como uma arma? Minha identificação com este personagem concentra-se especialmente neste aspecto. Quando somos honestos, podemos reconhecer esta realidade em nós. O personagem nunca conseguiu se livrar deste estigma. Graças a Deus não precisei ir para o Oriente aprender a ter luz: Jesus se tornou minha luz.

Hoje posso perceber minha escuridão e combater o bom combate contra ela através do conhecimento do verdadeiro cavaleiro: aquele que vem montado no cavalo branco e trás escrito: E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.

A espiritualidade dos quadrinhos existe, mas por si só é incapaz de mudar o coração do homem. O máximo que ela pode fazer é nos lembrar que não somos super heróis, somos apenas homens seres cansados que dependem de alguém muito maior, invencível em amor e capaz de nos fazer realmente prevalecer em todas as batalhas.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O que fazer quando agente só pensa em como deve ser a morte... e o quão vazia é olhando-se de um ponto ateu da coisa.. ?

Ser ateu é um ato de muita fé - pois vc precisa acreditar em "não crer". Então penso que você na sua inquietação já tocou de alguma forma a transcedência dos seres humanos... de alguma forma vc sabe que existe algo além... mas se esforça para enxergar o vazio e crer nissso. Caminhe um pouco mais em si mesmo e tente perceber se a vida é só isso mesmo.

Pastor, o senhor já leu algum livro de Richard Dawkins?

Ainda não, mas vou tentar ler pelo menos o Deus, um delírio, para saber o que a figura pensa, afinal ele é tão "respeitado"....abç

Pastor preso acusado de abusa de crianças: Triste notícia diabólica.

Hoje pela manhã li num desses jornais que a gente expreme e sai sangue a notícia que dá título ao post: pastor é preso acusado de abusar de meninas frequentadoras de sua igreja.

Veja a matéria aqui: http://www.band.com.br/jornalismo/cidades/conteudo.asp?ID=313339

Como líder cristão meu coração se entristeceu. E me perguntei: o que leva um homem que tem a responsabilidade de oferecer Deus às pessoas, se tornar um "diabo"? Confesso não ter as respostas, mas me arrisco a dizer que nossa dominuição daquilo que chamamos de temor do Senhor muito contribui para este estado de coisas.

Uma das caracterísiticas do temor do Senhor é a reverência, o respeito por sua pessoa, uma honra que damos que ninguém mais pode receber. Quando homens de Deus, sejam eles pequenos ou grandes, transferem esta honra a si mesmos, a história começa a se desvirtuar.

Deus console estas meninas! Alguém em nome de Deus console estas famílias. Que o Espírito Santo renove nossa esperança na redenção e que nossa ação como igreja realmente venha a fazer diferença neste mundo.

Graça e paz, sempre.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Pelo direito de viver uma crise

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Pelo direito de viver uma crise

Ao ler o Salmo 6 esses dias pude me deparar com algo precioso e revelador: o poder do processo de crise na vida daquele que segue o caminho da fé em Deus. A atual percepção da igreja evangélica brasileira parece ter abandonado este caminho.

Quando ando de carro por aí percebo um fenômeno: diversas igrejas, das mais variadas denominações (não é privilégio neopentecostal), aderiram às campanhas que prometem bem estar e sucesso imediato às pessoas. Devo dizer que não sou contra você se sentir bem.

Mas creio estar se implantando uma tirania do bem estar no meio evangélico. Quando você diz estar vivendo uma crise parece que está acometido de algum tipo de lepra. Tão oposto ao Salmo em questão. Nele o salmista está doente e reconhece que é a mão de Deus sobre sua vida. Atualmente problemas são definidos como: maldição, encosto, macumba, olho grande, trauma psicológico. Nunca se admite a possibilidade de crise vinda de Deus.

Então este manifesto: eu tenho o direito de viver uma crise, ou duas, ou sei lá quantas. Estou cansado de patrulhamento espiritual, de respostas prontas, de gente insensível, que é incapaz de partilhar sua dor, mas está sempre pronto a descobrir uma maneira de analisar sua dor.

O salmista conhece seu Deus e o questiona: até quando? Passar por uma crise, enfrentá-la, nos amadurece e concede este direito. Ir ao coração do Pai e perguntar até quando. E depois confiar em que Ele saberá a hora de responder. Brennan Manning nos lembra em “O Impostor que Habita em mim” que precisamos de pessoas diante de quem possamos ser nós mesmos.

A expressão final de vitória está na afirmação: Deus ouviu minha súplica, o Senhor aceitou minha oração. Confiança e certeza de que viver uma crise não me diminui diante de Deus. Pelo direito de viver uma crise.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A Onda - Uma visão perturbadora da Igreja

Por indicação do meu amigo Johnny e também pela leitura de um post no blog do Hermes, estou assistindo ao filme alemão A Onda. Uma visão perturbadora sobre controle, disciplina exagerada, manipulação de um grupo, liderança fascita. Uma das idéias propostas é a eliminação das diferenças.

Isto me assustou muito. Me assustou inclusive pelo que aconteceu ao comentar algo no blog do Hermes. Simplesmente porque eu destaquei o fato de que não devemos padronizar opiniões. Fui rebatido, pois querem que nós cristãos não tenhamos opinião. Ou que nossa opinião seja sempre aquela que é a do crítico.




O filme é muito intenso e com certeza mexe com algumas questãos importantes. A mais forte delas é a idiotice do grupo sem opinião. Nesse ponto sou obrigado a concordar com muitos cristãos que estão decepcionados com lideranças evangélicas brasileiras - que nos impõe uma liderança que se torna inquestionável, blindada, guardada em torres fortes.

Os membros da "Wave" do filme elegeram seu professor como líder. E quem ousou questionar essa "liderança" foi lançado fora da onda. Típico caso de poder do grupo sobre o indivíduo. Muitas denominações tem sobrevivido desta forma: líderes poderosos e carismáticos cegam seus liderredados e os fazem capazes de excluir qualquer um que pense diferente.

O mais triste é que muitos não enxergam, como acontece no filme, que estão fazendo exatamente isto. No caso da Igreja e do Evangelho o mais triste é que ao agir assim estamos descumprindo a Lei de Cristo: amor a Deus e ao outro.

A Onda mostra como o uso de palavras de ordem, gritos de guerra e chavões pode mais desinformar do que produzir forma crítica. No final de tudo, o líder / professor acaba trazendo a tragédia para dentro do movimento (versão alemã do filme). Triste comparação: quantas mortes de cristãos pensantes ainjda teremos em nosso meio, fruto da insensibilidade de líederes e liderados?

Veja o filme, construa sua opinião e seja capaz de conviver com diferentes.

Assista o trailer aqui:
http://cinema.uol.com.br/ultnot/multi/2009/08/20/0402356ED0B10366.jhtm?trailer-do-filme-a-onda-0402356ED0B10366

quinta-feira, 3 de junho de 2010

LOST - 2ª análise. Uma salvação sem um salvador.


Voltando ao fenômeno LOST e sua temporada final. Um dos aspectos a se destacar no primoroso episódio final é sem dúvida a salvação alcançada pelos personagens. Na verdade para alguns deles, outros ainda tinham "um trabalaho a fazer".

Esta visão nos coloca diante de um quadro interessante:
1 - Não havia um salvador específico em LOST - somente o sofrimento e a purgação individualizada. Cada um por si.
2 - Não houve arrependimento em LOST - houve dor, luta, superação humana.



O purgatório final é eclético e ecumênico, o vitral na janela aponta para todo tipo de religião. As "almas losties" (almas perdidas) encontram a luz em um momento de congraçamento sem igual. Parecia a festinha de aniversário do Aaron.

Onde está a figura do salvador? Onde se encaixa o Cristo que cremos? Não há isto em LOST: a salvação é alcançada através de uma jornada de sofrimento. Extremamente ligada a um processo cármico final - cada recebe o que merece. Não existe a possibilidade de alguém pagar o preço em meu lugar. O preço foi pago com muito sangue, suor e lágrimas - individuais.

Esta situação nos remete à segunda questão: não há arrependimento em LOST. Como não há arrependimento, apenas o sistema de fez/levou; aqui se faz, aqui se paga; também se exclui da fórmula a figura de um soberano a quem se deve prestar contas.

Um Deus soberano, que ama perfeitamente os losties, mas que é ao mesmo tempo perfeito em justiça é desconsiderado na trama. É cada um por si e (quem?) por todos. LOST deixa claro a ênfase no processo de aperfeiçoamento humano, individual, pessoal. Sem Deus, sem arrependimento, sem um salvador.

LOST é ótima para nos confrontar em nossas escolhas éticas, mas não nos ensina a redenção através de um caminho ao coração do Pai. Afinal, o pai do homem ciência/fé não o salvou, pois morreu e apenas virou porteiro do salão da Luz.

Em breve mais um artigo sobre as perguntas não respondidas de LOST.

Nele que nos salva, graça e paz.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Do que se trata essa tal de Lei de Gaga que todo mundo fala? Outra lei pros legalistas adotarem?rsrsrs

Olha Ander, vou ter que pesquisar isto. Mas acho que tem a ver com a cantora Lady Gaga. E com o que ela disse sobre se tornar mais espiritual no próximo CD....vai saber.

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LIVROS MARAVILHOSOS (meus preferidos)

  • A Maldição do Cristo Genérico - E. Peterson
  • A Serpente do Paraíso - Lutzer
  • Alma Sobrevivente - P. Yancey
  • Anseio Furioso de Deus - Brennan Manning
  • Chega de Regras - L. Crabb
  • Confiança Cega - B. Manning
  • Evangelho Maltrapilho - B. Maning
  • Igreja Orgânica - N. Cole
  • Maravilhosa Graça - P. Yancey
  • O Anseio Furioso de Deus - B. Manning
  • O Caçador de Pipas
  • O Impostor que Habita em mim - B. Maning
  • Reformissão - M. Driscoll
  • Reimaginando a Igreja - F. Viola
  • Sonhos Despedaçados - L. Crabb
  • Ânimo (Corra com os cavalos) - Eugene Peterson