Frases para pensar


No dia em que eu temer, hei de confiar em ti. Salmos 56:3

domingo, 24 de outubro de 2010

Sermão do Monte - Como deveríamos viver (1)


Relendo esses dias o Sermão do Monte me fiz algumas perguntas. Gostaria de compartilhar algumas reflexões com vocês, seguidores virtuais deste pastor que ama a Igreja de Jesus, mas anda desencantado com os rumos que a igreja dos homens tem tomado hoje em dia.


Não farei uma análise cronológica, mas dos ensinos que me chamaram a atenção. Algumas das perguntas que me fiz foram: este modelo de ensino é irreal? Jesus estava "bem" quando pregou esta mensagem? Este ensino se refere ao reino vindouro? Eu vivo algumas das realidades do Sermão do Monte? A igreja moderna vive? Se não vivemos, não o fazemos por quê?

Quero começar pelo capítulo 6.1-4 - o texto que fala sobre ajudar os outros. Em primeiro lugar é evidente a associação que Jesus faz do ato de ajudar alguém com prática da vida religiosa. Note a expressão "teu Pai que vê" - realçando o colorido religioso da prática de atos de bondade.

Jesus nos alerta que nossa bondade religiosa deve ser privada, particular, se possível oculta no silêncio do anonimato que atos de amor e bondade deveriam conter. Percebi o quanto a igreja moderna está distante do padrão estabelecido pelo Mestre e Senhor da Igreja.



Valorizamos o testemunho, a apresentação realçada em holofotes midíaticos dos acontecimentos que envolvem a fé e a religiosidade. Programas de TV exploram ao máximo a bondade oferecida. Fato que também contraria a máxima: de graça recebestes, de graça dai.

Existe uma indústria religiosa à volta do testemunho e dos atos que deveriam ser anônimos e inteiramente desprovidos de promoção. A indústria e os seguidores dela parecem não ter em conta o alerta de Jesus: é hipocrisia tal promoção.  Hipocrisia que busca apenas recompensa humana e não promoção do Reino.


Jesus diz claramente que tais receberam sua própria recompensa: não ter recompensa nenhuma da parte de Deus, o Pai. Sua recompensa é apenas a bajulação humana, a vaidade, o orgulho.


Pense nisto quando você estiver vivenciando sua fé através de atos de bondade: sua recompensa está proporcionalmente ligada ao quanto você e eu estivermos dispostos a não "aparecer" através de nossa religiosidade prática.


Leia o texto de Mateus (6.1-4). Reflita. Decida viver mais próximo da verdade do Evangelho simples de Jesus. Graça e paz, sempre.



3 comentários:

Wendel Bernardes disse...

Como já se têm dito em muitos lugares com certa frequencia; 'o evangelho é subversivo'!

Um verdadeiro escândalo aos pedestres desta estrada de irrealidades que é a teologia 'fofinha' que se têm pregado!

O sermão do monte aponta Deus como Senhor da salvação, Jesus como seu maior representante e o homem como alvo da graça salvadora.

Só que para viver o evangelho reinista, precisa-se viver (ou morrer) de uma nova maneira, desprendido das realidades e conjecturas humanas.

Jesus se oferecia como sacrifício desde o primeiro momento em que pisou nessa terra, muitas vezes usou do silêncio para pregar. Noutras reunia grandes multidões ao seu redor... (embora as multidões não eram exatamante reunidas por Ele)
Vezes e vezes instruiu que não se dissesse sequer uma palavra sobre a cura que havia acabado de realizar...

Como fazê-lo?
Sem fama?
Sem saberem quem curou?
Que loucura!

Pois é, esse é o evangelho do Reino (de Jesus) e é assim que Ele faz...

Abraços pastor!

ivan alves de oliveira disse...

Pastor Marcus, achei a sua interpretação desta passagem muito legal. Entendo também - e falo por mim - que a tendência é que eu fale de minhas "boas ações"- quando em verdade, se o fiz, o fiz por mim e pelo outro e não para que haja um estardalhaço em torno do ocorrido.
Mas ao iniciar a leitura do texto, lembrei-me da letra da música de Chico Buarque, na qual ele diz: "Pai, afasta de mim esse cálice, afasta de mim esse cálice, de vinho tinto de sangue". Nesta época tinha 18 anos e pra' mim era mais uma obra do artista, mas quando tive contato a Bíblia, nesta parte, pude perceber a humanidade de Jesus, porque ele sabia o que iria lhe acontecer. E se pudesse, queria evitar todo o seu sofrimento.
Assim como eu, um dia, quis fugir de todas as minhas dores - talvez até hoje. Eu me identifiquei com Jesus neste momento em que ele quis escapar de seu destino.
Continue com o seu trabalho. Gostei da maneira como o senhor aborda os temas. Um grande abraço!

Marcus Vinicius disse...

Olá amado Ivan, que bom que você gostou da abordagem. Espero poder contribuir com outros textos. E espero que divulgue este simples trabalho.

Graça e paz, sempre.

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