Frases para pensar


No dia em que eu temer, hei de confiar em ti. Salmos 56:3

domingo, 24 de abril de 2011

Uma Palavra aos desigrejados (Parte 2) - Carta ao Pr. Renato Vargens

Quero retornar ao assunto devido a um post do respeitado e querido Pr. Renato Vargens no site Púlpito Cristão (veja aqui: http://migre.me/4kXBU ). Conheci o Pr. Renato no Atos 29 ano passado pessoalmente, exatamente à época da outra polêmica sobre o assunto. Interessante que a conferência se aproxima e o assunto volta à tona. Coincidência?

Bem este não é meu assunto, minha proposta é uma avaliação do post do querido Renato que já comentei lá no Púlpito. Desde já não quero rivalizar nem polemizar inutilmente. Minha proposta é ampliar o debate (ou deixá-lo de lado). Algumas considerações então:

- em primeiro lugar o título infeliz: "O pior tipo de desviado". Parece coisa de lista dos Top alguma coisa nos finais de ano. É quase preconceituoso e parece iracundo (no mínimo mal humorado).
- em segundo lugar me chamou a atenção a ausência de auto crítica. Os desigrejados são fariseus, pregam a graça barata, são os piores desviados que existem e foram feridos por coronéis da fé (alguns). Mas em nenhum momento Renato se inclui nos possíveis "machucadores" de ovelhas. Isto também me soa farisaico, pois sei que como pastor cometi alguns dos pecados da liderança:

Abandono, descaso, esquecimento, crítica, impaciência e se algum pastor não cometeu estes ou outros pecados semelhantes que atire a primeira pedra. 

- meu terceiro ponto então é: a eterna confusão entre termos do mundo eclesiástico. Templo = igreja; capacidade de raciocínio livre = desobediência; confronto em amor (feito a algum líder) = rebelião (pecado de feitiçaria). Caro Pr. Renato deixe-me dizer uma coisa: reconheço que alguns desigrejados pregam muita bobagem, especialmente na Internet.

Mas estes ensinos também afastam as pessoas do verdadeiro caminho da Graça. Para não esticar demais destaco especialmente a insistência de pregadores em transformar paredes de tijolo e cimento na Igreja de Jesus: uma crueldade teológica com fins nem sempre éticos (especialmente os que invocam a arrecadação de somas milionárias). Sei que você não defende isto, mas seu ensino descrito na frase: dentre aqueles que outrora frequentaram os nossos templos, insiste na confusão teológica.



- finalmente, reconheço que o irmão admite que há pessoas que se feriram na igreja (mas faz isto de forma muito breve em seu artigo), mas não aprofunda o tema. Acho que esta é a discussão. Afirmar aleatoriamente que todos os desigrejados são avessos ao controle de Deus sobre suas vidas é chegar bem perto de ser juiz do joio (tarefa angélica).

Continuo admirando você e sua luta pela Igreja. Mas é hora de realmente olhar e perceber o quanto nós, líderes, somos "igreja" de homens (algumas vezes), que só se serve das pessoas, as deglute e escarra, como se nada fossem. Junto com você e com muitos outros, inclusive muitos desigrejados, ser Igreja de Cristo na Terra.

Ao Deus verdadeiro, glória eterna. Eu também creio na Igreja.

9 comentários:

EXOTIKA BIJOUTERIAS disse...

Olá Marcus!Pego o ônibus andando.
Mas, observei que ao expor sua idéia usa palavras que nem sempre todos entendem.E, posso apostar que seu blog poderá ser ainda mais lido, pois é bom.Isto, reflete minha opinião.
Graça e Paz

ALESSANDRO DE JESUS CASTRO disse...

GOSTEI MUITO DO SEU TEXTO, PARABENS!

Marcus Vinicius disse...

Oi Alex, obrigado pela observação. É só me dizer onde mudar que eu mudo. Abç.

Conexão da Graça disse...

Vinícius, parabéns pela coragem e pela abordagem equilibrada e ética que vc fez do assunto.

Franklin

Marcus Vinicius disse...

Olá Franklin, eu tento manter esta linha. Penso que ataques não geram graça, assim como só reclamar da igreja também não.

Então, mãos à obra.

Graça e paz, sempre.

Levi B. Santos disse...

Olha Marcus Vinícius

Tenho a impressão (posso está errado) de que o Renato no afã de publicar artigos um atrás do outro numa rapidez de uma metralhadora, comete o erro (é humano) de escrever o que vem a mente, sem antes fazer uma avaliação reflexiva.

E o resultado disso tudo é o tiro sair pela culatra.

É profundamente lamentável, o fato do indivíduo no afã de "salvar a sua alma" termine trocando seis por meia dúzia, ou seja, as trevas da ignorância pela escravidão eclesiástica.

Sobre esse assunto, vide o link:

http://levibronze.blogspot.com/2009/05/das-trevas-para-escravidao-eclesiastica.html

Abraços,

Levi B. Santos

Marcus Vinicius disse...

Levi, acho que realmente sua impressão procede.

Afinal há que se ter conteúdo novo sempre. Mas vem o risco de não se contar novidade alguma.

Gostei do trocadilho e vou ver o link.

A paz.

Wendel Bernardes disse...

Eu creio que assim como o Renato, outros tantos tem se equivocado, entendendo que a essência da Igreja poderia ser eclausurada num templo.

Essa essência é Jesus e digo: não pode ser contida nem num templo, nem numa casa... mas sim nos peitos de quem possui coragem sufuciente de assumí-Lo onde quer que estejam! Seja num templo abarrotado ouvindo mais baboseiras que verdades... numa casa vazia onde se fala o que se quer... num taxi onde se fala e se ouve na mesma medida...

A igreja é o onde a Igreja está! Onde está a Igreja agora?

Curti muito o desabafo e também os comantários como os do Levi que agragam bastante, além de mostrar as possibilidades da realidade em relação a uma visão míope da Igreja!

Parabéns!

Marcus Vinicius disse...

Valeu Wendel.

Desabafei mesmo. Estou cansado da crítica vazia.

Vamos à luta.

Paz

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