Desde já deixo claro que sou contra o aborto. Mas também sou contra a discussão superficial do tema. E reconheço também não possuir elementos sociologicos e estatísticos suficientes para debater o assunto.
Mas o que posso abordar aqui? Em primeiro lugar a fala do governador do estado do Rio, Sérgio Cabral, dizendo que nossa legislação sobre o assunto é vergonhosa. Dentro de sua fala o governador expressa, como muitos outros generalistas fazem, a idéia de que todo mundo já teve que abortar.
Ele também afirma que a discussão precisa ser ampliada, mas faz uma comparação muito interessante: Cabral afirma que países europeus com leis mais flexíveis sobre o aborto são países religiosos e que mesmo assim aceitam e flexibilizam o acesso ao aborto.
Em sua tentativa de defender o ponto de vista (discutir a lei sobre o aborto), sutilmente o governador desvaloriza ou relativiza a influência da religião. Mas como não é religioso, ou um pensador religioso, Cabral esquece que os países citados estão em franca decadência espiritual, moral e social.
O aborto precisa ser discutido. Mas muito mais que isto: a saúde pública,;a prevenção da gravidez fora do tempo; a educação sexual de nossos jovens (e não orientação para o sexo, simplesmente); a valorização das relações familiares; e especialmente uma valorização da mulher segundo os padrões do evangelho, estes são temas que precisam entrar na pauta.
Em sua fala, Cabral não aborda o sexismo da sociedade atual. A erotização da infância tem destruído a beleza da pureza e da inocência. Criando adultos antes do tempo, que realmente não sabem lidar com uma gravidez e que só podem enxergar a interrupção da mesma como única solução.
Governador, há muito mais que se discutir. E não se pode deixar os valores cristãos genuínos de fora deste debate. Há muitos valores que precisam ser realçados. Não deixe o evangelho de fora desta discussão.
Deixe sua opinião aqui.
Graça e paz, sempre.
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