Quando Paulo escreve aos crentes da Galácia, tem em mente o ataque dos legalistas judaizantes que não aceitavam a liberdade proporcionada pelo evangelho da Graça.
Estes judaizantes começaram a questionar o ensino do apóstolo e a inserir diversos elementos à fé iniciante dos gálatas, como forma de alcançarem da graça da redenção, que é dada de graça, através da Graça.
O principal elemento legalista que introduziram foi a necessidade de crentes gentios (como nós somos) passarem pela circuncisão. Conforme Gálatas 3.1 em diante o apóstolo argumenta que a insensatez de abandonar a graça seduz o coração do homem.
A sedução que o legalismo opera nos desvia literalmente da Graça do Eterno. Nos faz esquecer que Deus operou a salvação em nós através da obra do Espírito, nunca pela obra da Lei. Quem aceita tal sedução se torna escravo do legalismo.
Desta forma fica a questão já levantada em outros blogs: por que os judaizantes modernos não pregam a circuncisão? Não vejo ninguém apelando para o sacrifício do bilau. Muito menos se vê a pregação dos rituais de sacrifícios animais, por outro lado judaizantes modernos adoram o quipá (que nem mesmo era obrigatório até o séc. XIX); também a manto talite e outros apetrechos como a menorá.
Esquecem os judaizantes modernos que judeu tem que ser filho de judia ou converter-se ao judaísmo conforme a Lei. Lei esta que exigiria o corte da pele do prepúcio. Paulo demonstra a total inutilidade de tal sacrifício, pois a verdadeira forma de alcançar a salvação está em conhecer o amor de Cristo.
Como ficamos? É loucura crer que alguém apelará hoje em dia para a circuncisão. Mas é certo que muitos querem um culto de aparência externa sem o "corte" que marca o coração. O legalismo que assolou a Galácia contamina a igreja moderna, especialmente no Brasil.
É tempo de reler Gálatas e combater este modismo destituído de conteúdo bíblico. Graça e paz, sempre.
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