Testemunhas de Jeová e a vida em dois mundos
Achei na internet (Youtube) o trailer de um filme dinamarquês de título: To Verdener – em tradução livre seria algo como Dois Mundos. Resolvi escrever algo a respeito.
Confesso que achei um link com o filme inteiro no YouTube mas não deu pra ver todo, horário de trabalho. Mas assisti bastante e li diversos comentários: alguns apoiando a tese do filme; outros discordando e declarando amor irrestrito ao segmento religioso Testemunhas de Jeová.
Procurei na minha estante e achei um livro: Porque abandonei as TJ’s (Aldo Menezes, Ed. Vida). E peguei um livreto de apologética que ninguém é de ferro. Então vamos lá. O filme defende a tese, baseada numa história real, da rejeição sofrida por uma jovem que resolve namorar um jovem fora dos arraiais dos TJ’s.
Em uma das cenas a heroína do filme conta ao pai que dormiu na casa do rapaz, mas que nada aconteceu. Imediatamente ele diz: você está abandonando Jeová, temos que falar com os anciãos. Creio que é aqui que tudo está enraizado. Um pai não precisa falar com os anciãos sobre os dilemas de sua filha. Ele precisa amá-la.
As pessoas que são do grupo “Testemunhas de Jeová” são submetidas a este tipo de controle continuamente. A vida interna da família é rigidamente controlada pela direção da liderança da seita. Até porque eles afirmam ser a única religião verdadeira de Deus na terra. Desta forma exercem um poder e um controle sem precedentes sobre seus afiliados.
Aldo Menezes nos conta em seu livro que ao cair em profunda crise existencial em dúvidas sobre os TJ’s, reuniu-se com um ancião. Este não conseguiu responder a maior parte de seus questionamentos, especialmente aqueles referidos ao Corpo Governante (líderes máximos residentes nos EUA).
Fecho a questão dizendo o seguinte: o filme nos mostra uma realidade clara – os TJ’s vivem num mundo a parte. Com regras próprias e deturpadas da Bíblia. Afirmam ser cristãos, mas negam uma oração de Cristo: não peço que os tire do mundo, mas que os livres do mal. São abertamente sectários e tristemente controladores. Muitos irão dizer que não é verdade. Mas uma seita que datou o retorno de Cristo várias vezes e que não aceita ser questionada sobre isto não tem muito que dizer em defesa própria.
Resta a eles apenas viver “to verdener”. Vou assistir ao filme todo. Pois as cenas vistas muito me tocaram. Especialmente o “julgamento” pelos anciãos da mocinha, numa sala fechada e o pai tristemente deixando-a sozinha.
Veja a matéria postada no blog parceiro:
Graça e paz, sempre.
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