Espiritualidade nos quadrinhos
Acabei de ler um artigo muito interessante: Religião dos Super Heróis dos quadrinhos, no blog http://www.desventura.org/2009/07/religiao-dos-super-herois.html
Quando eu era garoto gostava de ler quadrinhos e sempre tive algumas predileções: Demolidor, o Homem sem medo; Capitão América sem super poderes, mas quase invencível; Batman, o homem que usa a escuridão como arma; e a turma dos X-Men, os desajustados mais incríveis do pedaço.
Agora já na vida adulta me deparo com este post muito interessante, que me leva a fazer uma reflexão: existe espiritualidade verdadeira no universo dos quadrinhos? Que tipo de influência no leitor esta espiritualidade pode produzir? Pensei em minhas leituras então e convido você a refletir também.
Demolidor – tido como católico praticante e alguém intensamente envolto em um drama pessoal de consciência, de culpa e um pouco de ódio a si mesmo. De origem humilde (a Cozinha do Inferno em NY), recebe o “dom” de sentir tudo à sua volta e interagir através de uma audição tipo sonar. Isto depois de ter ficado cego num acidente com produtos radiológicos.
Quantas vezes li Demolidor e me identifiquei com os processos de culpa dele? Fui criado como um batista bem tradicional. Gostar de certas coisas era perigoso na minha época (por exemplo, poesia, ou a emergente música nordestina de Zé Ramalho ou Fagner). Lembro de uma líder que praticamente me proibiu de ler Agatha Christie, contando esta minha “fraqueza” em público.
Batman – a escuridão. Quantas vezes eu e você, caro leitor, não usamos a escuridão como uma arma? Minha identificação com este personagem concentra-se especialmente neste aspecto. Quando somos honestos, podemos reconhecer esta realidade em nós. O personagem nunca conseguiu se livrar deste estigma. Graças a Deus não precisei ir para o Oriente aprender a ter luz: Jesus se tornou minha luz.
Hoje posso perceber minha escuridão e combater o bom combate contra ela através do conhecimento do verdadeiro cavaleiro: aquele que vem montado no cavalo branco e trás escrito: E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.
A espiritualidade dos quadrinhos existe, mas por si só é incapaz de mudar o coração do homem. O máximo que ela pode fazer é nos lembrar que não somos super heróis, somos apenas homens seres cansados que dependem de alguém muito maior, invencível em amor e capaz de nos fazer realmente prevalecer em todas as batalhas.
4 comentários:
Que isso amigo?
fico ótimo!!
O texto é muito legal, vou pesquisar mais.
abraço
Vc tem algo contra a IURD?
Olá Idelmária, por que a pergunta? Pois no post eu nem cito a IURD.
Então respondo se você me explicar o motivo da pergunta.
Graça e paz, sempre.
Oi Marcus,
Rapaz você era fã de quadrinhos? Que legal, eu também!
Temos muito mais em comum!
(srrssr)
Bom, sempre consegui enxergar Deus em várias coisas que eu lia, ou via... a Palavra cita que "para o puro tudo é puro"... então se você olhar com olhos de pureza, acaba encontrando a mão de Deus em muitas coisas, inclusive nos HQ's (modo como a garotada se refere aos quadrinhos hoje em dia... o tempo passa ai podemos ver que envelhecemos... rsrssrrs)
Parebéns pelo novíssimo visual e pelo conteúdo de sempre! Muito obrigado por suas constantes visitas e pos repostar 'nosso texto' em seu twitter. Esteja sempre a vontade meu amigo!
Paz!
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