Pelo teor dos comentários postados percebo que as igrejas neopentecostais irão investir cada vez mais na propagação de uma mensagem cujo teor é a fé na fé - frases do tipo: quem não é da fé não isso ou aquilo, marcam um discurso desprovido de argumentos, porém recheado de beligerância.
A mensagem criativa do evangelho dará lugar (cada vez mais) a um pragmatismo de resultados, onde a posse de bens materiais ou sucesso pessoal em qualquer nível simbolizam a verdade de Deus. E quem ousar duvidar será tratado como incrédulo ou perdido. Valores como santidade pessoal, devocionais e cultura bíblica estarão relegados ao limbo de uma subcultura de igreja.
A verdade de 2Timóteo 4. 3-4 se tornará mais evidente: crentes dispostos a pagar caro para ouvir aquilo que lhes satisfaça os ouvidos. Esta atitude será avalizada por uma sutil forma de transformar cobiça e conscupiscência em capacidade de superação e realização pessoal.
A mensagem da salvação e da redenção será paulatinamente substituída por uma versão açucarada do evangelho, com uma proposta simplesmente de uma vida melhor, com atitudes melhores. Jesus certamente do lado de fora da porta (Ap. 3.20). Penso que as igrejas que resistirem serão minoria. E muitos segmentos históricos e ortodoxos se renderão finalmente ao pragmatismo de resultados, gerando uma geração de seguidores de Jesus que não sabe o que é preço de Cruz.
Uma última percepção me assusta: uma neo-idolatria tomará força no meio evangélico, rivalizando poderosamente com a mensagem pura e simples da Palavra. Mas sobre isto escreverei um próximo post. A nota triste é que muitas destas situações ocorrerão simplesmente por causa da busca pelo lucro financeiro (mesmo que bem intencionado).
Termino com esta simples frase da Palavra: É claro que a religião é uma fonte de muita riqueza, mas só para a pessoa que se contenta com o que tem (1Timóteo 6.6, versão Linguagem de Hoje).
Em breve retorno ao assunto.