Frases para pensar


No dia em que eu temer, hei de confiar em ti. Salmos 56:3

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Onde me oculto do ódio?

Por que há tanto ódio entre cristãos? Por que cristãos mais santos que eu são tão incapazes de suportar minha teologia equivocada, minhas falhas declaradas, minhas mãos sujas de lama, meu cheiro de vômito e sarjeta?
Por que pessoas tão defensoras da fé, são tão incapazes de defender o amor? Lembro que três coisas permanecerão: a fé, a esperança e o amor. E lembro, acho que lembro, miserável que sou que a maior delas é o amor.
Não sou bom em apologia, nem sei todos os segredos das escrituras, nem mesmo sei se consigo amar a meu Senhor e Mestre como deveria. Talvez eu e um número imenso de crentes sejamos apenas como pequenas formigas perdidas na enxurrada.
Nos envergonhamos de ferir a santidade, choramos quando falamos bobagens (eu me arrependo de algumas delas), sofremos por sermos inadequados, nunca conseguimos dizer as doutrinas corretas, somos alvo do ódio de outros cristãos - incapazes que são de suportar nossa fraqueza.
Ah, mas posso respirar profundamente e sentir o cheiro da grama molhada (talvez sejam as lágrimas de nós os perdedores - ou quem sabe sejam as lágrimas Dele?) e saber que mesmo para mim ainda existe Graça. Misericórdia em estado ativo. Não condenados à destruição. Mas exortados, corrigidos e mais uma vez chamados de filhos.
Já sei onde me oculto do ódio religioso - debaixo dos olhos do meu amado. Jesus te amo!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A Figueira


Gênesis 3:7 Abriu-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.




É interessante a primeira citação da figueira na Bíblia: foi o local para onde fugiram os dois primeiros pecadores da história bíblica, Adão e Eva. Eles se apressaram e criaram uma confecção de roupas ecológicas - ou ambientalmente corretas.


Mas isto é divagação. Na verdade esta primeira citação mostra a importância da figueira:

As figueiras podem crescer de forma enérgica e por isso não é indicado que se cultivem figueiras de grande porte perto de casas, pois o crescimento de suas raízes tem a capacidade de deformar as paredes das residências.

Por fornecerem alimentos a aves, símios, morcegos e outros animais dispersores de sementes, elas têm importância na preservação das vegetações nativas tropicais e subtropicais. Os figos caídos no solo e na água servem também de alimentos a vários outros animais, incluindo peixes e insetos.

Existem mais de 1000 tipos de figueiras. Esta árvore singular é tremendamente importante na economia de Deus. Na verdade algumas vezes ela foi comparada ao povo de Israel e diante de uma figueira sem frutos, Jesus declarou a perda do Reino da parte do povo escolhido.

Ao que parece desde a criação o fruto esperado da figueira tinha a ver com algo que produzisse fruto para o povo de Deus. Uma roupa que escondesse a vergonha de pecadores; um alimento para sustentar o corpo do filho de Deus; e em outra passagem muito especial serve como estímulo à fé:


Habacuque 3.17-18: Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.

Nesta passagem a figueira é o símbolo de uma esperança que não se esvai nunca. Esperança que precisamos ter e reter. Este texto fala de uma certeza inabalável de que Deus nunca nos desampara. A certeza clara de que mesmo em meio às tormentas somos capazes de encontrar esperança e forças para prevalecer.

A figueira então é esta árvore singular, que gosta de lugares abundantes e que é uma árvore abundante. Símbolo de um Deus verdadeiramente rico em nos fornecer a força necessária para permanecer firme. Abalos acontecem. Lutas são reais. O desespero nunca uma solução. A FÉ A ÚNICA CERTEZA QUE PODE NOS RETIRAR O MEDO.

Olhe para a figueira da próxima vez que passar por uma e lembre: Deus nunca mente.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

FALANDO DE AMOR E SERVIÇO

Continuando a reflexão no Apocalipse e falando da perda do primeiro amor.

Estamos lá na Igreja de Éfeso (Ap 2.1-7). E lemos e comentamos no artigo anterior sobre o cansaço de se fazer a obra e desfalecer, em oposição à afirmação bíblica de que os efésios faziam e não perdiam a força - a despeito de passarem por sofrimentos.
O contraponto é impressionante: não sofremos nada por amor ao nome de Jesus (o nada comparado ao sofrimento dos cristãos antigos); nosso sofrimento é pontual, encolvendo muito mais lutas de cunho material ou temporal do que a perseguição clara aberta sofrida por outros cristãos.
Mas a seguir o Espírito adverte os efésios: voces tem algo contra vocês. Vocês perderam o primeiro amo. A capacidade que vocês tinham de se doarem a Deus e aos outros de maneira genuína se perdeu. E agora vocês servem da maneira errada.
Vocês servem pelos motivos errados - e por isso o trabalho de vocês é pesado, e além de tudo isto, pouco frutífero, pouco eficaz. Tão pouco eficaz que o Senhor envia uma advertência: se vocês não agirem direito, fazendo a obra pelos motivos corretos e com a fonte correta, eu vou trazer juízo sobre vocês.
Por todas estas considerações de cunho teológico volto a afirmar que é muito duro e difícil fazer a obra de Deus sem o amor que se banha na Graça. Sem isso é apenas luta. Sem amor é apenas religião. Sem amos é apenas esforço, coragem humana, ausência da pessoa de Deus e apenas lembrança daquilo que já fizemos em Deus um dia.

Boa notícia: assim como a Igreja de Éfeso guardava um ódio firme de homens que não honravam a Deus e isto foi lembrado, podemos ser lembrados pelo que carregamos dentro de nós que ainda se assemelhe ao primeiro amor. E a partir daí podemos resgatar nossa autoridade em servir.

Deus nos abenbçoe e ajude. Você me ajude. eu te ajude. E revivamos o primeiro e alegre amor de conhecer e servir ao nosso mestre.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

PRIMEIRO AMOR

Estou relendo a carta que o Espírito envia a Igreja de Éfeso, no livro do Apocalipse (cap. 2). E lá encontro uma expressão: trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste (v.2). Este texto me intriga e alegra. Surpreende e dá descanso. E por que?

Porque há momentos de extremo cansaço em minha jornada na igreja. Muito cansaço mesmo. E penso que uma das chaves para entender tal exaustão é exatamente este versículo: trabalhaste para meu nome. O cansaço vem quando trabalhamos para outro nome, para outra pessoa, para outro contexto que não o nome precioso do Cordeiro.

Uma outra qualidade da Igreja de Éfeso é sua paciência. Cristãos modernos vivem impacientes. Vivem desgastados, vivem amargurados contra seus irmãos, suas tarefas ministeriais e até contra seu Deus. A paciência é fruto do Espírito, é fruto da vida dinâmica que se relaciona com a eternidade, que descansa e espera na eternidade. Mas a dualidade se instala e a paciência se esvai, escoa pelo ralo das necessidades estruturais, das dinâmicas materiais e do medo de se perder na nuvem do Espírito.

A impaciência aparece como fruto da urgência de se resolver coisas na igreja que só o Espírito pode resolver, só o Cristo pode tratar e eu e você e nós insistimos em tomar seu lugar. Então o Apocalipse nos revela um mistério: alguém que é elogiado por seu fruto, perde a conexão com a fonte do fruto.

Perdeste o primeiro amor - deixastes de ser paciente, de trabalhar em meu nome, de descansar e de entender que todas as coisas cooperam para o bem. O Espírito do Cordeiro insiste que João escreva um chamado: lembra-te de onde caíste, lembra-te. E na minha conclusão livre desse alerta profético caímos quando deixamos para trás o trabalho simples em favor do Nome e trabalhamos elaboradamente e de forma custosa em favor de nomes (homens, coisas, desejos, tantos nomes).

Caímos. E caímos. E precisamos nos lembrar do local da queda. Talvez fosse bom um anjo marcar a junta de nossa coxa e nos fazer mancar, exatamente lá onde caímos. Porque não podemos (eu não posso) mais continuar a nos sentir cansados porque servimos ao Rei. Algo está errado.

Eu quero voltar ao início e entender como é simples servir a Jesus. Chega de me cansar numa vida sem amor genuíno. Clamo a Glória Dele se revelando em mim.

(continuo essa reflexão amanhã)

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LIVROS MARAVILHOSOS (meus preferidos)

  • A Maldição do Cristo Genérico - E. Peterson
  • A Serpente do Paraíso - Lutzer
  • Alma Sobrevivente - P. Yancey
  • Anseio Furioso de Deus - Brennan Manning
  • Chega de Regras - L. Crabb
  • Confiança Cega - B. Manning
  • Evangelho Maltrapilho - B. Maning
  • Igreja Orgânica - N. Cole
  • Maravilhosa Graça - P. Yancey
  • O Anseio Furioso de Deus - B. Manning
  • O Caçador de Pipas
  • O Impostor que Habita em mim - B. Maning
  • Reformissão - M. Driscoll
  • Reimaginando a Igreja - F. Viola
  • Sonhos Despedaçados - L. Crabb
  • Ânimo (Corra com os cavalos) - Eugene Peterson